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Espécies de Plantas de Cobertura
Maior facilidade para a aquisição das suas sementes de plantas de cobertura
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Sementes
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Brachiaria Ruziziensis
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A Brachiaria ruziziensis é uma gramínea forrageira originária da África, onde ocorre em condições úmidas e não inundáveis. É uma espécie perene, subereta, com 1-1,5 m de altura, apresenta a base decumbente, possui rizomas fortes, em forma de tubérculos arredondados e com até 15 mm de diâmetro. Sua utilização ocorre principalmente no sistema de integração com lavoura e pecuária (ILP) ou áreas de lavoura exclusiva com a finalidade de cobertura de solo e produção de palhada, podendo ainda ser utilizada de forma intercalada com a cultura do milho, promovendo cobertura do solo após a colheita do milho, ou pastejo para os animais. Como um de suas principais caraterísticas o rápido estabelecimento a boa qualidade forrageira, com boa aceitabilidade pelos animais e a baixa resistência à cigarrinha das pastagens.
Crotalária breviflora
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É uma leguminosa de primavera-verão originária das Américas do Sul e Norte, é nativa e endêmica do Brasil, sendo resistente à seca. Essa espécie é bastante utilizada em cultivo intercalado com culturas perenes, como as frutíferas, especialmente citrus e cafeeiro, isso por conta do porte baixo e não trepador. É utilizada também como cobertura de solo na adubação verde com uma fixação de 100 a 300 kg/h/ano e no controle de nematoides do tipo Meloidogyne e Pratylenchus (nematoides de galhas, cistos e lesões radiculares). Na cultura de grãos vem sendo muito utilizada consorciado com milho no combate de nematoides.
Crotalária juncea
É uma leguminosa de primavera-verão de desenvolvimento rápido e vigoroso propiciando uma cobertura mais rápida do solo. A C. juncea apresenta potencial de cultivo tanto nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no Sul do Brasil atuando como melhoradora e recuperadora de solo. Com a utilização de C. juncea pode haver incremento de produtividade em -rotação de culturas (como algodão, arroz, cana-de-açúcar, milho, feijão, soja, trigo e hortaliças) e intercaladas com milho, café e frutíferas. É uma planta que é má hospedeira de nematoides-formadores-de-galhas (Meloidogyne e M. incognata) e também ótima na fixação de nitrogênio com cerca de 150-450 kg de N/ha/ano.
Crotalária ochroleuca
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É uma planta leguminosa anual de verão. Possui características de maior agressividade e rusticidade com raízes penetrando camadas mais adensadas do solo, também é tolerante a estresses hídricos e se desenvolve bem em solos mais pobres. Muito utilizada na sucessão de soja por ser má hospedeira de nematoides reduzindo a população destes, principalmente dos formadores de galhas, cistos e lesões radiculares, destacando-se o Pratylenchus brachyurus. Apresenta bom fornecimento de nitrogênio e biomassa.
Crotalária graminiana
É uma planta leguminosa originária da Índia. Nas regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil são cultivadas na primavera-verão e no Nordeste e Norte o ano todo. São arbustivas, semiperenes e eretas. Apresenta um rápido crescimento, sendo utilizadas como forrageiras, cobertura de solo, em consórcios, rotação ou em sucessão de culturas agrícolas. Devido suas características agronômicas pode ser consorciada com hortaliças como berinjela, tomate, pimentão, repolho, mandioca e milho. Além de benefícios no controle de plantas invasoras, refúgio para inimigos naturais e atração de insetos polinizadores. A introdução de Crotalaria spp. além da adubação verde contribui para a diminuição de nematoides formadores de galhas e de lesões nas raízes.
Crotalária spectabilis
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É uma leguminosa de primavera-verão originária das Américas do Sul e Norte que é má hospedeira de nematoides formadores de galhas (Meloidogyne e M. incognata) facilitando o controle destes. Contribuindo também para formação de matéria orgânica que aumenta os organismos desfavoráveis aos nematoides. É considerada a mais eficiente na redução de nematoides. Ganha destaque também pela sua fixação biológica de nitrogênio e pode ser utilizada para cobertura de solo em cultivos consorciado com frutíferas tropicais, mas sua maior utilização é para rotação com culturas anuais como arroz, feijão, mandioca.
Feijão de porco
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É uma planta da família Fabaceae de primavera-verão. Essa espécie é anual, com crescimento rápido, tendo um controle eficiente de daninhas principalmente a tiririca (Cyperos rotundus), resistente às temperaturas mais elevadas, adaptado aos solos com deficiência de fósforo (P). Apresenta um porte mais baixo e não trepador podendo ser cultivado nas linhas dos cafezais e pomares e em consórcio com milho. É um bom hospedeiro para nematoides-de-galhas, devendo ser evitado seu plantio em áreas com incidência dos mesmos. É boa produtora de matéria seca e fixadora de nitrogênio.
Feijão guandú
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É uma planta da família Fabaceae de primavera-verão e possivelmente originária da Índia e Africa tropical ocidental. É a leguminosa mais rústica, sendo utilizada como forrageira na alimentação de animais e também como adubo verde. Tem grande potencial e múltiplos usos em diferentes regiões do Brasil como planta protetora, recuperadora e mobilizadora de nutrientes em áreas degradas. Além do consumo humano e animal pode ser um insumo na produção de artesanatos. Desenvolve-se em solos com baixa fertilidade, de textura argilosa ou arenosa, com bom potencial na produção de fitomassa e fixação de nitrogênio. O guandu pode ser cultivado em rotação ou sucessão com algodão, feijão, hortaliças, milho, soja e trigo; na reforma da cana-de-açúcar; como intercalar em culturas como milho ou culturas perenes (café e frutíferas).
Girassol
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O girassol é uma planta originária das Américas do Norte e Central. É uma espécia anual com semeadura na safrinha fevereiro/março, apresenta caule ereto robusto, rápido crescimento e com poucas ramificações no ápice. Podendo chegar até 2 m a 3 m de altura. É uma planta que vem sendo muito utilizada tanto na alimentação de humanos e animais quanto na produção de biocombustíveis. É uma cultura que apresenta importantes características agronômicas, como alto teor de óleo nos grãos e maior tolerância à seca, ao frio e ao calor que a maioria das espécies normalmente cultivadas. Apresenta ainda ampla adaptabilidade a diferentes condições edafoclimáticas. O girassol é susceptível aos nematoides-formadores-de-galhas mas é considerado um não proliferador do nematoide-do-cisto-da-soja.
Lab Lab
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É uma planta da família Fabaceae originária da África, o lablab é anual ou bianual de primavera-verão, rasteiro. Desenvolve-se melhor em solos bem drenados e férteis. Tem sido amplamente utilizado na adubação verde fixando até 180 kg/ha/ano de nitrogênio (N). Pode ser cultivado solteiro ou em rotação de culturas anuais ou em consórcio com o milho. Pode ser usada como planta forrageira, consorciada com gramíneas forrageiras e feno. Também é utilizada nas entrelinhas de culturas perenes principalmente citrus.
Milheto
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É uma Poaceae de primavera-verão anual, de clima tropical, rústica e adaptada aos solos de diferentes texturas e pouco férteis. O milheto tem crescimento rápido, sistema radicular viçoso, grande potencial de ciclagem nutrientes e redução de doenças e pragas do solo. A cultura do milheto ganha força no cerrado sendo utilizada na safrinha, após colheita de algodão, milho e soja. Já na região Sul, é utilizada como protetora do solo no Sistema de Plantio Direto (SPD).
Mucuna Anã
É uma leguminosa de primavera-verão. A mucuna anã tem crescimento determinado podendo ser semeada nas entrelinhas de culturas perenes como café, pupunha, citrus entre outras. As mucunas são melhoradoras dos solos, rústicas, efetivas no controle da população de nematoides-formadores-de-galhas e tolerantes ao alumínio. A mucuna-anã é menos rústica do que a mucuna-preta e a mucuna-cinza, exigindo solos mais férteis e também é mais susceptível a doenças foliares causadas por Cercospora spp. e viroses. Apresenta boa fixação de nitrogênio e de fácil manejo de biomassa.
Mucuna Cinza
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É uma Fabaceae de primavera-verão com crescimento mais rápido dentre as mucunas, produzindo boa cobertura e rápida proteção do solo, propiciando o controle de infestantes. Sendo menos susceptível as doenças causadas por Cercopora spp. e viroses, além de produzir um maior volume de fitomassa. As mucunas são melhoradoras dos solos, rústicas, efetivas no controle da população de nematoides-formadores-de-galhas e tolerantes ao alumínio. Pode ser produzida intercalando nas linhas da cultura do milho.
Mucuna Preta
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É uma planta da família Fabaceae de primavera-verão. Considerada melhoradora dos solos e efetiva no controle de populações de nematoides-formadores-de-galhas, com boa capacidade de fixação de nitrogênio (N) e de ciclagem de outros nutrientes. A mucuna-preta é considerada a rainha das leguminosas, é anual, herbácea, rasteira com ramos trepadores bem desenvolvidos. O aumento de matéria orgânica proporcionado pela mucuna-preta aumenta a população de microrganismos desfavoráveis aos nematoides e também tem efeito alelopático sob a tiririca. Pode ser usada na rotação de cultura com arroz, algodão, feijão e milho. Também pode ser utilizada em consórcio com milho e intercalada na cultura da mandioca, citrus e café.
Sorgo
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O sorgo é uma cultura das Poáceas, originário da África. São plantas anuais, eretas e com alta produção de fitomassa com decomposição mais lenta. Quando produzido na safrinha produz menores quantidades de fitomassa verde e seca. Pode ser semeado em sucessão à soja de ciclo mais curto, feijão, algodão entre outras culturas comerciais.
Trigo mourisco
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É uma polygonaceae originária da Ásia central, anual de primavera-verão com ciclo curto. Uma cultura rústica com grande tolerância acidez e resistente às condições adversas de clima e solo. Possui múltiplos usos, incluindo alimentação animal, em substituição às gramíneas, cobertura de solo e também na alimentação humana, por ser considerado um alimento funcional, ou seja, afeta positivamente o organismo humano por si só, e por não conter glúten, sendo indicado para celíacos. Muito utilizado na sucessão de soja consorciada com outras plantas de cobertura ou não. Apresenta boa produção de biomassa, sendo também recomendada para recuperação de solos degradados.